quarta-feira, 7 de julho de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
SOBRE VÍNCULOS
TALMUD
O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciados pelos Rabinos através dos tempos.
Tem um que termina dizendo o seguinte:
"Cuida-te quando fazes chorar uma Mulher, pois Deus conta as suas lágrimas.
A Mulher foi feita da costela do Homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual... debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada."
Tem um que termina dizendo o seguinte:
"Cuida-te quando fazes chorar uma Mulher, pois Deus conta as suas lágrimas.
A Mulher foi feita da costela do Homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual... debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada."
O AMOR QUE ACENDE A LUA
"É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina."
"Viver é montar quebra-cabeça. Viver é procurar encaixes."
"Dor-de-ideia não é para ser curada. É para ser sofrida. Saber sofrer é parte da saedoria de viver."
RUBEM ALVES
"Viver é montar quebra-cabeça. Viver é procurar encaixes."
"Dor-de-ideia não é para ser curada. É para ser sofrida. Saber sofrer é parte da saedoria de viver."
RUBEM ALVES
sábado, 27 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA
Ostras são moluscos, animais sem esqueto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos -, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito trsite. As ostras felizes se riam dela e diziam: "Ela não sai da depressão...". Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho - por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele a tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola linda, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa.
Isso é verdade para as ostras. E éverdade para os seres humanos.
Rubem Alves (do livro Ostra feliz não faz pérola)
sexta-feira, 19 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Grandes Significados
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero é são dez milhões de fogareiros acesos dentro da sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu sair do seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a ideia cansa de procurar e para.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é o que você sempre fez mas que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta o seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro...
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em outra época do ano.
Desculpa é uma frase pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados para sair da sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo para assumir o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é quando o desejo cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra...
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero...também não. É um "desadouro"... Uma batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor não sei explicar.
(Desconheço o autor)
sábado, 13 de março de 2010
Permita que sua solidão seja bem aproveitada, que ela não seja inútil. Não a cultive como a uma doença, e sim como uma circunstância. Em vez de tentar expulsá-la, habite-a com esiritualidade, estética, memória, inspiração, percepções. Não será menos solidão, apenas uma solidão mais povoada. Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão, escreveu Baudelaire.
Martha Medeiros
ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixe teu corpo se entender com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
Quem sou eu?
Sou uma e sou muitas dentro de mim
Sou séria e sou brincalhona
Sou forte e sou frágil.
Gosto de festa, de estar com pessoas,
mas também gosto de ficar só.
Mas quando penso estar só,
estou acompanhada por uma multidão.
Porque estou povoada dentro de mim.
São várias pessoas que fazem parte
da minha história.
Amigos do presente e amigos do passado...
Dentro de mim tem tem música, filme, novela.
Vários capítulos, muitos enredos, vários personagens.
Além da minha história, tem fragmentos de outra histórias.
Histórias que ouvi e que acabei
fazendo parte...
Renata Zanetti
OLHO MÁGICO
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