quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arrancam-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Eduardo Alves da Costa
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arrancam-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Eduardo Alves da Costa
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